sexta-feira, 21 de julho de 2017

Na fé

"A fé na vitória tem que ser inabalável..."


 Situação atual:
Eu voltei pra cidade onde nasci e morei até os meus 18 anos; voltei pra casa da minha mãe que não sabe o tamanho da coragem que tive em deixar na verdade um "casamento". 

As minhas coisas estão (algumas muitas) aqui, outras no apartamento da minha prima que me ajudou com a mudança e outras (poucas) no apartamento onde eu morava antes de ir morar com o namorado. 

As minhas finanças: Sem dívidas, mas com contas mensais, todas em dia. A renda está sendo de aulas que dou quando se forma turmas dos mini-cursos que ofereço em outra cidade; e pode haver a possibilidade de me chamarem pra dar aulas aqui novamente (se me chamarem pra ministrar outra matéria) e de projetos que venham a surgir. Ou seja, sem emprego fixo.

Saúde, está boa e estou fazendo caminhadas a praia.

Espiritual, estou me sentindo bem com Deus e com as energias de transformações.

Social; convivendo bem com os amigos, com meus familiares... Tudo bem proveitoso. 

Intelectual: Desleixada com estudos e metas.

Estou descrevendo tudo isso pra saber exatamente como eu estou hoje e o tanto que isso vai mudar! Mais... e mais... Progredir. Apesar das faltas de fixos (dinheiro, morada, amor...), me encontro bem nessa mutação e confiante, na fé (presente de Deus para meu coração). 

"Toda saída é uma entrada para algum lugar."

E volto a:

Meu chão será construído, mas sem medo, porque quem me sustenta mesmo com ou sem ele é Deus.

Mudei meu futuro desde já

Primeiramente chorei. Chorei até dormir, dormi pra não chorar e não ver o dia, calei pra não envergonhar e escutar a situação como se pudesse revivê-la. Magoada, triste e depois revoltada, decidi também não conversar pra não ter a possibilidade de perdoar, pra que houvesse combustível para eu finalmente, impulsionar o que já estava a dias.

Eu não conseguia ficar de todo bem, meu coração intranquilo não descansava, não parava de sinalizar algo errado, ao estar ali, mesmo as coisas, não parecendo tão erradas assim (a vista grossa, grosso modo); mas não para uma garota sensível, cheia de sedes e com objetivos de vida (o mais próximo disso, pelo menos) plena, como eu. Resolvi então, sair do modo de vida que tinha, eu sabia exatamente por onde começar, considerando também que, daquele dia em diante, coisas e pessoas de representações fortes não iria mais ter.

Eu decidi racionalizar, joguei os fatos na mesa e fiz uma análise bem calculada. Fiquei diante das referências do histórico que tinha (pois passado fala muito do resultado do presente), não tive receios em reabrir a caixa de lembranças e isso foi menos doloroso do que pensava, porque eu queria mesmo era resolver, ser justa e sem demora, para seguir com o meu futuro. 

Se pra tudo aquilo que quero a um nível maior eu preciso ter bons passos hoje, porque deveria tratar diferente meu relacionamento amoroso principal? E eu não enxergava coisas boas no futuro, principalmente, sentia que não era bom. Comecei a entender a expressão ouvir o coração, desde então. Eu sentia antes mesmo de me debruçar a pensar a respeito, eu sentia e pensava sobre, não (em grande parte) o inverso.


Lembrei dessa frase; orei muito antes de fazer o que fiz; pedi orientações a Deus e assim ele fez, dia após dia. (Gratidão) Decidi confiar apenas, fazer o que tinha que ser feito diante das respostas dele e do meu coração... Deus me deu capacitou. Coloquei o pé.

Arrumei minhas coisas e saí do apartamento onde morava eu, meu então namorado, a mãe e irmã dele. Saí do apartamento onde eu fui porque me incomodava muito o que eu estava antes com meu primo e sua irmã, por causa de implicâncias dela. Eu sai de onde fui acolhida como membro da família a 2 anos e 7 meses e de onde meu namorado instalou ainda mais seu comodismo, falta de responsabilidade, de planejamento para nosso futuro e confusão sobre "ser filho ou tornar-se pai".

Ele não entendeu minhas razões inicialmente; ele estava ferido, eu não estava bem na visão dele; para a mãe dele, precipitada; para minha, atrasada porque já deveria ter feito isso a tempos! Pra mim, aceitando os fatos, colocando os sentimentos nos bolsos e aconselhando a mim mesma como eu faria para com uma melhor amiga. Disse tudo a ele, não estava terminado por um motivo só, pela situação que ocorreu dias antes, era a vida! As perspectivas de futuro. Como eu podia ter dado a ele uma chance no início do ano e não querer mais fazer isso, dar mais oportunidade dele mudar? Cansaço, sabedoria, visão e falta de bons sentimentos.

Eu desisti, porque cheguei ao ponto dele ser bom comigo e eu não sentir mais amor para com isso... Nem "queda"; cheguei ao ponto de não ter prazer ao pensar no futuro, em envergonhar-me de continuar ali, de não querer mais inventar desculpas para quem perguntasse sobre casamento, de não mentir mais onde moro ou vou morar, de não reprimir meus desejos de romance, de família, de curtir mais a vida, de ser mais leve e ter alguém assim ao meu lado. Não havia seguranças de mudanças e prosperidades, não havia mais desejo de ficar.

... Eu terminei o meu relacionamento de 8 anos e 8 meses; meu primeiro e único namoro e estou falando isso, graças a Deus, sem lágrimas.  Apenas com um aperto, porque não sou nem de longe, de ferro. Terminei, de fato e de todo, no dia 14, numa conversa longa, mas necessária e boa, o meu relacionamento que mais parecia um casamento.

Sinto que me libertei, porque não há peso, e sim alívio diante de fazer a coisa certa, apesar de; sinto que me respeitei, estou me respeitando; a minha natureza, a minha fluidez.

Gratidão a Deus por ter me ajudado a decidir, a organizar, a fazer, a conversar, em suma, a resolver isso. Gratidão as minhas amizades (minha mãe, minha prima e uma amiga que é uma benção na minha vida) que me apoiaram, me ouvindo, me aconselhando, me situando, me ajudando com a mudança das coisas e a minha própria... Gratidão as energias boas que minhas outras amigas me proporcionam (elas não estavam sabendo disso tudo naquela semana); gratidão a ter podido tomar essa decisão antes de acontecer situações piores.

("Continua" no próximo texto)

sábado, 15 de julho de 2017

Tipo, o próprio

Respondeu meus stories, conversamos no direct e aquela inclinação pelo signo solar, as admirações pelas pretensões e jeitos se alinhando, rolou sim um clima, depois um mapa, depois devaneios, depois fantasias... 

"Você deveria estar como uma pessoa tipo..." E de repente eu começo a ficar não com uma pessoa tipo, mas o próprio. 

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Carência é um mal


A carência de relações com o outro é uma das piores fraquezas que podemos sentir. Nos fragiliza o olhar pois, enxergamos através do nosso querer diferentes proporções e intensões; faz com que projetemos o preenchimento da falta, pois não aguentamos a presença das ausências que causam tantos vazios em nós; nos tira a concentração por trazer tantos devaneios e dependências; causa frustrações porque se espera algo do outro que nem sempre corresponde a linha do que queremos; nos humilha pela submissão em relação a receber o que é pequeno mesmo, só pra ter algo, mesmo sabendo que merecemos muito mais; nos acomoda em incomodo; e muitas vezes, nos desarma nos deixando vulneráveis a varias outras situações e sentimentos.

Nada, absolutamente nada, se compara a sermos o melhor de nós mesmos, a nos sentirmos bem por si só. Eu prezo e preciso de uma troca, de uma reciprocidade, de amar não simplesmente uma pessoa, mas manter bem nutrida minhas relações como um todo. [Amar pra mim é extremamente vital.] Mas isso não pode ficar acima da primeira relação, com o Eu e ultimamente estou com esse mal descrito no trecho anterior, pois é, confesso, adoeci com as incertezas, adoeci dessa palavra que é penosa e detesto usar se referindo a mim, por tudo que causa e é, da forma que se mostra e por não estar ultimamente com a paz (independente do outro) que eu tinha dentro de mim.  

Preciso encontrar as soluções pra isso, mas confessar e admitir que se está doente e querer fazer algo pra acabar com isso, já está sendo aqui o primeiro passo.
  
(Consigo ficar bem sozinha em casa, não tenho ciúmes loucos e nem quero controlar alguém, como também não me sinto inferior, nem faço vários contatos e sou melancólica. O caso não é tão crônico assim. A nível de esclarecimento. É sutil aos outros e forte apenas dentro de mim.)

(...)

Se estamos bem? No dia a dia sim e no objetivo geral de vida, não.
...
Um dia de cada vez? Ou um dia, pra acabar com "as vezes" de nós?
...

P.S: #tbt de várias vezes em diferentes dias.