Cozer amor

Eu vou lembrando do nosso encontro como uma estudante de gastronomia. Sim! Vou degustando cada detalhe de lembrança. Vou tentando absorver e viver mais ao experimentar assim, identificando cada contato, mapeando... Fico repassando do início ao fim várias vezes até a lembrança ir se desmanchando; indo, depois eu não lembro mais nem quanto tempo passou, na verdade não lembro mais quase nada. Mas fica a conclusão: foi bom! E eu quero mais. Então numa próxima, quero te repetir. 

Enfermidade

A morte andando a solta por aí, por aqui; tirando a respiração, levando consigo milhares e milhares. Um sopro de vida e o ar já nem é mais suficiente. É tão grandiosamente triste e assustador, parece que ela está a espreita observando a todos. Não precisamos nos dedicar mais que poucos minutos a ouvir a respeito, pra ela tirar o brilho dos olhos e acinzentar tudo. O mundo, o país. 

É uma guerra com o invisível. É uma guerra entre as pessoas e falta de outras. De não saber a abordagem, o amanhã e a dor em si pra não desmoronarmos. Eu as vezes acho que aos idiotas e aos bons, a enfermidade nos rouba algo. A morte nos rouba a vida aqui. Mas a enfermidade, o tempo. O bom tempo. São tempos difíceis. Inimagináveis, reais demais.  O que você faria? Lutaria contra a morte, ou lutaria pra aproveitar o mundo com a certeza dela? 

E o que seria de bom proveito mesmo se não lembraremos? Na certeza que se tornaram apenas boas lembranças. Qual o teu legado?  

O mundo está doente e oro pra que haja redenção e misericórdia na mesma proporção. É triste... Muito triste. Há uma dualidade entre se cuidar e ter empatia; e outra de negação. Qual saúde priorizar? A física ou a psicológica? E isso se separa?   

"Oro pra que haja redenção e misericórdia na mesma proporção". Ouve o clamor dos teus filhos... Para que não somente saúde física seja  dada, mas outras tantas e empatias. Pode chover isso? Dai-nos sabedoria e as tuas certezas em nossos corações, para que sejamos fortes em ti e glorifiquemos o teu nome santo.