Como ser rasa, ser de luz?
Como não querer falar das idéias que tem beleza própria?
Como não enfeitar apenas as frases para uma literatura, mas preservando aquilo que há de mais belo: o natural?
Como ser de ferro maciço, ser de luz? Se o meu corpo é aquecido pelos raios que me chegam... Se moldável eu fico na disposição para flexibilidade de melhor se encaixar para que fique bom, para que fique firme, para que fique melhor e mais interessante?
Como não mostrar minha face ser de luz? Se os meus olhos revelam até a minha alma...?
Como ser breve, se eu gosto mesmo é de me entrelaçar em presenças que se dispõem a infinitos? Como deixar de me ser, ser de luz? Se até nos astros está escritos as minhas tendências... Se o meu coração grita para que eu o responda, se até no mais importante dos livros pede para que o guarde... Como não ouvir a ele, ser de luz? Se mal algum fez a mim quando o segui?
Como não acreditar ser de luz, que mesmo enfraquecida és tu que ilumina meus caminhos quando a te invoco?
Como posso evitar ser de luz, que intitulado a ti mesmo como luz do mundo eu ainda fico ansiosa ao dormir sem a esperança no amanhã?
Como não agradecer em meio ao caos ser de luz, se agora tu já ilumina meus pensamentos me desarmando a revolta com acalento do teu amor?...
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