segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Desabafo da desorientação pós término

Tanto amor e zelo depositado... Não há arrependimento, eu faria tudo de novo. Há uma... Falta de chão. Uma sensação de não saber mais como ser com outro. Com ele mesmo, comigo. 

Dois relacionamentos. O primeiro eu me cobri de adaptações ao outro. No segundo, fui tão inteiramente eu... E estava funcionando até que... Não. "Não se culpe, pare com isso, para além de você, existe alguém, eu." Eu ouvi dele mesmo. "Você não fez nada de errado ele é que não soube aproveitar da melhor forma..."

Lerdo. Pensei. Como posso eu amar uma pessoa que é lerda em seus anseios? É tão incabível pra mim que eu começo a questionar o sentimento dele. E ele garante: "Tem sim!" Etc. Lerdeza e sentimento grandioso andam juntos. Mas que [adjetivo esdrúxulo] junção é essa?? 

Eu tão resolutiva e em busca de organizar os relacionamentos, eu que agarro isso com unhas e dentes pra fazer dar certo e ainda quero a liberdade e ouvir o outro; quero algo espontâneo, fluído no sentimento... Estou (estou?) com uma pessoa cheia de sentimentos, mas altamente desorientada com o que fazer com eles. 

Eu guio? Não está dando certo. Eu imponho? E como fica a individualidade do ser, a espontaneidade? Eu fico? Eu vou? Eu que estou desorientada por osmose agora. 

Lançando coisas, nada atinge pra resolução, então eu lançarei algo que pouco faz sentido: eu me lançarei longe, eu me lançarei por outro caminho sozinha! E me fazendo sozinha eu darei o espaço pra ele se refazer, sem mim.

[Dolorosamente digo isso, mas com um lampejo de um pesar já menor, pois, já estou bem cansada e passei a não ter mais certezas do quanto é bom ficar, e mais, cansada demais para ser criativa e pensar algo diferente.]

Se a gente se encontrar de novo, bem; caso não, eu lamentarei muito. Mas farei um favor a mim e a ele, de seguir ficando bem. Foi assim a intuição dele. Vou fazer acontecer na prática. Devo seguir "a dica" e ver no que realmente vai dar. Afinal... Eu fui posta nessa situação. Ele mesmo já decidiu e cá estou eu, ainda tentando entender, tentando ficar, tentando... Sozinha, não é?

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