sexta-feira, 12 de março de 2021

Enfermidade

A morte andando a solta por aí, por aqui; tirando a respiração, levando consigo milhares e milhares. Um sopro de vida e o ar já nem é mais suficiente. É tão grandiosamente triste e assustador, parece que ela está a espreita observando a todos. Não precisamos nos dedicar mais que poucos minutos a ouvir a respeito, pra ela tirar o brilho dos olhos e acinzentar tudo. O mundo, o país. 

É uma guerra com o invisível. É uma guerra entre as pessoas e a falta de outras. Uma guerra onde não sabemos a abordagem, o amanhã e por vezes, não queremos enxergar a dor em si pra não desmoronarmos. A enfermidade nos rouba algo, aliás, nos rouba várias coisas. A morte nos rouba a vida aqui. Mas a enfermidade, a autoestima, a "independência", o orgulho, a força, o tempo... O bom tempo. São tempos difíceis. Inimagináveis, reais demais. O que você faria? Lutaria contra a morte, ou lutaria pra aproveitar o mundo com a certeza dela? 

E o que seria de bom proveito mesmo se não lembraremos na certeza que se tornarão apenas boas lembranças para os que ficam? Qual o teu legado?  

O mundo está doente e oro pra que haja redenção e misericórdia na mesma proporção. É triste... Muito triste. Há uma dualidade entre se cuidar e ter empatia; e outra de negação. Qual saúde priorizar? A física, emocional ou a psicológica? E isso se separa?   

"Oro pra que haja redenção e misericórdia na mesma proporção". Ouve o clamor dos teus filhos... Para que não somente saúde física seja dada, mas outras tantas e empatias. Pode chover isso? Dai-nos sabedoria, esperança e as tuas certezas em nossos corações... Para que sejamos fortes em ti e glorifiquemos o teu nome santo.  

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