terça-feira, 20 de novembro de 2018

365

365 dias... Que eu aceitei aquela proposta cronologicamente, rápida. Faz um ano que eu tenho sucessivos beijos bons; faz um ano que eu gosto especialmente do cheiro e dos abraços de alguém; do jeito que rir; que se aconchega, que fica envergonhado, do jeito metódico de fazer algo, de alguém que se irrita e eu acho até graça, que chora e eu acolho até a alma...

Que voa sozinho e me deixa aqui esperando voltar testando minha paciência em aguardar pra ouvir então algo; alguém que tem tempero bom e não só me lembra, como trás água; que ligava para eu acordar, que me chamava de sumida, porque eu era mesmo; que se preocupava se eu tinha comido para então poder sair e não passar mal; que consegue ser mais sensível que eu muitas vezes; que me repreende e me ama; e diz isso todos os dias.

Já faz quase um ano que moramos juntos (sim, foi rápido mesmo!), e quando penso no nosso namoro quase não lembro como era sem ele morar comigo. Já foi/é um protótipo de casamento, então... 

Que me ama mesmo eu lembrando o que ele disse no verão passado, mas esquecendo minhas chaves, não sabendo onde coloquei os cartões e quanto temos exatamente de dinheiro para fazer as compras; mesmo eu molhando todo o piso do banheiro, espalhando cabelos na casa; esquecendo a roupa na máquina; deixando cair coisas na cozinha; não salvando minhas coisas direito na nuvem e pedir pra que ele faça, que formate meu notebook, baixe meus programas; fazendo ele esperar, esquecendo de avisar que cheguei; chamando pra cama porque eu estou com sono; que me ama mesmo eu não sabendo fazer cuscuz, pirão e café direito; mesmo eu falando sequencias de como resolver algo e articular já falando e querendo que ele acompanhe; mesmo eu acordando e querendo falar sobre sonhos; mesmo eu gostando de astrologia e falar em códigos; mesmo eu gostando de escuro e silêncio; de pedir pra que ele fure as paredes porque eu quero mudar as coisas da casa; mesmo eu ficando quieta ou falante; mesmo eu machucando sem querer; mesmo eu sendo tão minuciosa com palavras.

Que ama mesmo eu querendo abraçar ele quando está com calor e beijá-lo quando não está conseguindo respirar bem (nariz obstruído); mesmo eu ficando no celular quando assisto filme de suspense ou terror, só pra não assustar ele quando eu grito; mesmo eu rindo alto de madrugada antes de dormir; mesmo eu inventando mil nomes pra ele; mesmo eu parecendo um gatinha, ou uma loba, vez ou outra; mesmo quando eu mulherão, ou uma simples menina... Mesmo meus cochilos durando horas, mesmo eu assistindo vídeos engraçados ao acordar, rindo muito e querendo que ele veja todos; mesmo eu escolhendo quase sempre pizza e chocolate como lanche; mesmo eu dando várias idéias do que jantar, mas não conseguindo escolher quando ele pergunta; mesmo eu querendo pintar o meu cabelo e ficar em dúvida entre duas e pedir pra ele dizer o que acha melhor; mesmo eu levando o carregador dele ou fone para o trabalho sem querer; mesmo eu sendo um amor e maravilhosa, mas bem chata vez ou outra... Mesmo eu sendo o que eu quero ser; ele parece que absorve direitinho e com muito amor tudo que eu sou de boa, e essas coisinhas aí... Dar pra relevar, reclamar (risos), conversar... Ele leva bem. Amém. 

Pois é, já faz um tempo que a TV quase não mais fica desligada, que meu violão tem alguém que o toque; que eu escuto o som das duas coisas ao mesmo tempo; que eu não lavo mais tanta roupa (mas, estendo e guardo, ok?); que a pia com louça fica mais cheia, que o fogão fica respingado com temperos, que a casa é mais varrida, que minha cama amanhece mais bagunçada, que tem alguém que mora lá e vem me perguntar onde está os paninhos, se tem remédios e outras coisas (mesmo essas coisas ficando sempre no mesmo lugar); que divide o lençol comigo ou puxa o meu pra eu dividir; que me dar cheiro pra dormir e vai assistir ou jogar; que fico esperando terminar a partida pra conversar porque é online e eu aprendi a respeitar; que volta pra cama e eu acordo e fico fazendo carinho até dormir de novo.

Faz uns meses que alguém come macarrão instantâneo comigo para não fazermos almoço (as vezes); que saímos para comer, mas quer levar algo porque pensa no bendito café que vai tomar em casa; que é sonhador nato; que sabe fazer massagem; que é argumentador demais e quando é pra falar de sentimento foge as palavras; que é impulsivo; que a cara não mente, que é sincerão e me faz mudar de cor quando isso é na frente de alguém; que "tudo quer saber e saber fazer"; que fica inventando histórias só pra brincar; que perdeu o medo de altura da nossa varanda, mas se for pra varanda quase vizinha já não é a mesma coisa; que quase não se espanta com nada do comportamento das pessoas; que fica me ponderando a segurança em ruas, praias, etc, porque sabe que eu não vou me atentar tanto e ele analisa tudo antes e na hora de forma metódica; que toma vinte banhos por dias; que bebe vinho como se fosse suco; que finge esquecimento ou dúvida, só pra eu inventar e preparar comida pra nós; que lembra das chaves, mas não lembra documentos; que rir e até já se acostumou com meus desastres e eu com o jeito dele mais devagar de resolver fazer algo; que nunca acerta onde deixar a bucha de lavar a louça no lugar dela, mas que deixa os livros alinhados na mesa.

Faz um ano que minha garrafa térmica para café já não é mais minha; que eu já não fico mais tão sozinha; que tem alguém que deixa a mesa para refeições com livros, notebook, carregador, fones, remédio e algo mais que vá usar; já faz um tempo que eu reveso quem lava o banheiro; que escolhe filmes e séries pra assistirmos todos os dias; que engorda e se exercita só se for comigo; que vira do avesso algumas teorias minhas, que me já me fez chorar por estresse, que eu também já o fiz (mas foram pouquíssimas vezes), mas mesmo chateados, insistimos sempre em respeitar um ao outro... Faz um ano que alguém meche com meus hormônios só pelo cheiro e eu tenho um esforço, por vezes, surreal para controlar. 

Faz um ano que decidimos construir um relacionamento bom, um ano que a gente estimula o melhor do outro de forma saudável, eu não sei se seria exagero, mas parece que contabiliza um ano que dia após dia, foi colocado umas doses de amor (todos os dias) por ambos e que apesar de haver algumas adaptações e esforços, podemos ser muito nós mesmo livremente. Hoje eu reafirmo, continua sendo uma das minhas melhores escolhas e é com esse rapaz aí que quero dormir e acordar todos os dias (bem!).

Que nossa aliança esteja firmada com Deus, porque ele é o elo essencial para a construção do bem de Nós.

PS: Amo você, gatxinho. Ah... Eu amo muito! Sou grata de todo coração por nós dois juntos. Eu estou gostando desse negócio da gente namorar, vamos a mais um ano de novo... Namora comigo? 


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