Se é pra falar de romance, tenho que descrever a relação da Mariana com o Café. Ela tinha doze anos quando sua avó resolveu dar a ela um cachorro, pois a via muito sozinha quando em casa, seus pais se divorciaram, seu irmão casou cedo com uma moça e foi morar em outro país; ela certamente precisava de afeto, alimentar essa troca, ao mesmo tempo que, deveria desenvolver cuidado com o outro (tinha ficado meio egoísta por defesa).
Dona Laura, senhorinha simpática, sua avó, morava no interior, há alguns quilômetros e só via a neta uma vez na semana quando a mãe de Mariana ia sempre visitá-la aos domingos pela manhã. Na casa da avó, ao chegar, iam direto pra cozinha, quantos aromas sentiam lá, sua avó caprichosa sempre as recebiam com uma mesa muito bem posta, arrumada, com flores frescas em um vaso de vidro, aquelas louças decoradas que ornavam perfeitamente com as toalhas de mesa alegremente estampadas e coloridas. Uma refeição banquete para o paladar, para o olfato e para os olhos! Ali, na mesa entre prazeres, elas falavam do cotidiano e histórias, nem sempre tão agradáveis, mas o contexto e a sábia Dona Laura, amaciava. Eu posso falar mais sobre ela depois, esta senhorinha linda cor de cacau.
Quarta-feira, aniversário da pequena Mariana. A mãe levou a garota ao shopping, comprou roupas novas; renovou o cabelo no corte e na cor, ela agora não só tinha lindos cachinhos cor de mel, mas também um rosa nas pontas. Isso a deixou mais animada, e também porque encontraria suas amigas a noite para ir a uma pizzaria. Mas ao chegar em casa, do seu cabelo a ao teto da casa, uma explosão de cores! Muitos balões e uma mesa maravilhosa com doces, muitos sorrisos e aquela música familiar de "parabéns". Foi então que veio sua avó com um lindo presente de fita vermelha no pescoço, era um cachorrinho marrom escuro, de olhos bem redondos e abrilhantados, um labrador, um amigo que ela logo chamou prontamente de Café.
Café, como seu próprio nome, era enérgico! ...
(continua)
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