sábado, 19 de agosto de 2017

17

Estava eu em casa e logo depois de eu ter levado um bolo prévio... Meu irmão se arrumava às 23hs.

"- Tu vai pra onde? Me leva..." perguntei.
"-Vou pra um forró... Quer ir mesmo? Bora!" ele respondeu.

Não passou meia hora estava eu de calça colada, sapato alto, uma blusa aberta nas laterais que dava pra ver até meu sutiã e maquiada; hora de curtir a bagaceira da minha solteirice e lembrar o que é uma festa! 

Viajamos até uma cidade um tanto próxima, ele ou amigos e eu. No carro um jovem rapaz... desconhecido pra mim e primo do amigo do meu irmão estava indo conosco (uma obs necessária). Briola! Não creio... O cantor do tempo que eu gostava de forró, que comecei a ir a festas.. Opa, começou bem essa festa. Cachaça pra aquecer, cerveja pra suavizar... Um rolé sozinha por entre as pessoas pra sondar o nível dos garotos (fisicamente falando, me senti uma caçadora)... Nada demais, está fraco o negócio. Dancei com uns conhecidos, bebi mais pra esquecer aquela realidade de eu estar ali, pensando em estar com uma pessoa que não estava... E tentando entender se eu gostava mesmo daquele tipo de ocasião. 

Conheci e dancei com o cara gato que era o único que se salvava... Casado. (Decepção 02, depois do bolo prévio.) Conversamos sobre trabalhos, profissões... (Quem diria eu falar de designer de interiores e projetos elétricos numa festa de forró?) Ou seja, 0 a 0. 

Xixi... Não gostei do banheiro. Chamei o meu irmão que estava dançando com uma charmosinha. "Não gostei do banheiro, quero fazer xixi!" "Que?" Repeti... "Não acredito! Bora lá fora então..." Eu senti ali a irmandade... Eu fazendo xixi entre dois carros e meu irmão me dando cobertura, e depois de reclamar bebo, "agora sua vez de me esperar". E fizemos isso ainda umas três vezes durante essa festa. :)

Fome. Eu agora estou com fome e quero comer hamburguer... Lá vai meu irmão comigo e o tal "primo". Que moleza de rapaz... Dei cada conselho pra ele desenrolar com as meninas e ele nada, depois de uma direta sem sal da parte dele, a indignação de um bolo prévio, uma decepção 02, cachaça e cerveja... Peguei na mão dele e disse: "Bora ali" Moleza de novo... Não aguentei e entrei na festa, ele me beijou que a festa parou pra mim naquele momento. (Que beijo!!!) Ok... Pensei: Vamos continuar. "não tenho vergonha...aqui." Fazendo vista grossa fomos lá pra fora... "Vamos conversar ali" Respondi: "Você não precisa falar nada, não precisamos conversar." Ele era intelectualmente desinteressante pra mim. O rolé foi bom, até o álcool sair e eu não querer mais. 

Voltamos a festa e... Arrumei um segurança. Essa criatura não mais me beijava, nem dançava, nem saia de perto. Parei no tempo de novo na festa. Dessa vez outra coisa me desativou dali. Um vazio: "O que danado eu estou fazendo aqui?" Bebi mais pra esquecer isso... Paquerei com outro e dancei entre os dois, dei um selinho no meio da festa nesse outro e longe do "segurança", fui a fã número 1 do meu irmão quando subiu bêbado pra cantar no palco; sai da festa e fui procurar uma casa pra fazer xixi. Já era de manhã, viajamos de volta, deixamos o "primo" em casa, fomos ao mercado tomar café da manhã bem bêbados e por fim, lá eu descobri, 17. 17 anos tinha o rapaz que eu fiquei, logo eu, com 23 e tão interessada em pessoas de um bom intelecto. Eu só não bebi mais porque não iria adiantar uma amnesia alcoólica pra essas burrices. Só lembrei então dizer... "Foi só um fica de festa... Não deem meu número a ele! Ok?"


Moral da história: Relacionamento mal resolvido (fica, rolo, rolé... Namoro) + beber muito + forró + alguém disponível = coisa sem noção; rolé de uma vez única (merda).    

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