A cada nota o som era tocado no peito, vibrando as cordas de dentro, os olhos se fechavam involuntariamente para que a influência do que via não chegasse. Para ouvir as melodias, as notas, a letra, para me ouvir e a Ele.
Música em oração. Um bálsamo na alma... E eu fui tomada por uma compulsão de maravilhosamente sentir o que se tocava nos instrumentos, tocava minha alma. Houve um deleite. Um regozijo. Estava eu com lágrimas de gratidão, de intimidade incrível, de receber algo que preenchia, que me fazia rir e vontade de chorar ao mesmo tempo. Eu queria compartilhar aquilo, queria que outras pessoas pudessem sentir. Pensava nelas, orava por elas e queria poder passar algo daquilo ali. Ao mesmo tempo em grupo, eu sentia individualmente singular, sem egoísmo, mas numa particularidade saudável de estar tão conhecida diante Dele e tão nova aos outros. Um mundo somente meu e que Ele já conhece tanto sem eu precisar falar nada.
Agradeci. Somente agradeci... Com o peito repleto e com uma paz que não era minha simplesmente. Eu estava com arrepios e elevada praticamente do início ao fim. Foi mágico; foi lindo; foi esclarecedor; foi questionador, mas sem cobranças. Vivíssima e em paz, foi o que senti.
Eu queria guardar as sensações numa caixinha e abrir sempre que possível. Guardar. Mas eu guardei em meu peito, estou guardando aqui em palavras um tanto; depois dali, por um tempo fiquei tonta e muda; alheia e bem. Eu vou voltar aquela sala, eu vou a mais um (e/ou uns) encontros. Eu vou louvar mais uma vez, a quem deve ser glorificado.
P.S: Foi linda a tua presença... O corpo da igreja... Foi um ótimo encontro, Senhor.
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