sexta-feira, 10 de novembro de 2017

O cara da coxinha

03 do Tinder


Ok... Mais um selecionado. E a foto mais linda dele era segurando uma mega coxinha. Conversando com ele... Que cara maluco! Pedia desculpas formalmente pelo horário que falava comigo, gargalhava, mandava áudios engraçados, errou meu nome 5x, me convidou para tomar um sorvete tipo... Hoje, do nada. Por que, não? E acabamos assistindo o filme de Thor! 

Dono de um sorriso enorme, um jeito de menino, carinhoso, mas vidrado naquele filme; e ria, nossa como ele ria, sem a menor vergonha de ser até engraçado. E nos abraçamos, quase nos beijamos, mas era Thor que estava passando, neh? Parar de assistir pra beijar? Não! E então o filme acabou... Falamos da faculdade, dos cursos, das escolhas, de relacionamentos, do quanto ele era vivido, o quanto bebida não fazia bem e comer é mais vantagem; das moradas; do cansaço, dos isolamentos no quarto pra ver série, das dedicações... E eu o ouvi bem, e gostei disso, aquele sorriso de menino desapareceu mais, e a maturidade apareceu; e o cansaço também (viemos da faculdade e do trabalho para assistir esse filme) já estava chegando a hora de irmos.

Achei interessante uma coisa que ele falou, que a mãe disse: Devemos correr na vida. E não andar atrás do que queremos, porque se tropeçarmos andando, acharemos pouco, vamos observar, mas depois relevamos, deixamos pra lá, e até esquecemos; mas correndo não, a queda é grande! Dói e vemos exatamente o que nos parou, não passaremos mais por ali, nem por algo parecido, porque sempre nos chamará bem a atenção. 

Nos despedimos. "Depois marcamos algo..." Nos falamos ao chegar em casa, e depois disso... Ninguém mais se falou. E olha que foi bom o encontro, mas vimos que só seriamos colegas mesmo. 

Morais da história: 
A analogia que a mãe fez. 
Não precisei ficar com ele para me divertir. 
O filme é muito bom mesmo! 
Tem muitos colegas legais "perdidos" por aí. 

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