(Foi o que ouvi)
Narração do diálogo que eu fiquei com a cara no chão:
Narração do diálogo que eu fiquei com a cara no chão:
- Você é tipo... Cinza (vamos falar de cor que você associa melhor) nem é algo clarinho e nem é preto. Tipo uma nuvem cinza que pinga. Nem fica sem dar água, nem faz tempestade. Você leva as coisas muito a sério; tem que abrir sua mente para tudo, conviver com todo tipo de gente. Você tem uma zona de conforto e se prende muito a ela. Você é muito séria. Centrada.
- Eu nem gosto de cinza; estou mais pra marfim.
- Ok... Mas olha só, foi só pra você entender.
- Desculpe, eu sei, eu levo as palavras, o que é dito muito a sério... Zona de conforto... Eu já me mudei várias vezes, não tenho problema em experimentar coisas novas!
- Eu estou falando do seu emocional. Mente... Você não sabe levar algo na brincadeira e retribuir brincando só na brincadeira mesmo, fica pensando os motivos.
(Pensei, mas não falei: Eu tenho mercúrio e marte em escorpião!! Eu namorei muitoos anos com um psicologo super analista, minha adolescência inteira! Aprendi a escutar dando importância, demais até! Ele me "bugou"... Tenho resquícios entranhados até hoje... Aff)
- Eu não tenho preconceitos, eu tento entender, mas não gosto de gente lesa, idiota. Converso com todas as pessoas, só não quero por perto quem não soma.
(Pensei, mas não falei: Apesar de que todos somam em relação a algo, nem que seja um aprendizado. Convivi muito tempo com quem levava as coisas super a sério e eu era a mais leve, querendo levar leveza e vejo só, que ironia)
- Eu também não gosto. Mas tento entender porque eles veem daquela forma, começa a lidar melhor. Eu digo, porque já fui como você. Hoje eu e o meu amigo *** conversa com gente séria e colocamos no chinelo, mas também assuntos que o leso falaria de boa.
Eu te apresentei vídeo game e você gostou, anime e você resistiu mais gostou, assisto desenho com você e você gosta, deveria ver mais até. Expandir sua mente. Criatividade. Enxergar coisas que parecem bobas por outro angulo, com bons olhos. Você segue a linha da sua família, reflexo. Corta o cabelo diferente ou pintar "ó", já é muita coisa. Falei em você pintar o cabelo de azul e você se espantou.
- Lógico. E há um problema em eu não querer e não gostar?
- Não. O cabelo é seu. E falei azul porque gosto da cor, mas o que eu queria não era exatamente que você pintasse de azul. Mas que você se abrisse a pensar outras coisas. Você se importa muiitooo com o que os outros dizem...
- Opa, não é tão assim. Já foi mais. Aliás tudo isso já foi bem mais. Acredite... Eu não sei como mudar isso.
- Mas não se muda de uma hora pra outra é um processo. Eu só quero que você seja mais leve. Se preocupe menos. Não precisa deixar de ser muito crítica e de dar importância... Eu também dou, nem por isso.
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Ele tem razão, apesar de uns exemplos doidos e radicais, mas ele tem razão. O resumo do que ele fala são as medidas, o peso que dou pras coisas que são ditas e acontecem. Os pesos. Eu não sou pesada. "Seja mais leve." = Carregue menos peso.
Terminou de falar tudo isso, colocou os fones nos ouvidos e começou a jogar uns games com os amigos. "Se liga, viado!" Enquanto eu fiquei olhando pra ele e pensando... Não aguentei e vim pra cá. Porque a conversa foi muito séria. kkkkk
Eu sou dada a zueira e gosto, mas tenho malícia e desconfio do mundo. Ele sabe disso, e falando a pouco, como ele sabe muito mais coisas de mim... Como me conhece... #toubesta. E outra, ele se importa com as pessoas em si e eu me importo muito mais com a relação delas comigo, as de convívio; me importo com os próximos, mas os bem próximos e só. (Que horror! Que síntese e um ficha caída horrosa! Mas é isso, e ele sabe...)
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