quinta-feira, 25 de maio de 2017

Adulteci

Eu já estou neste mundo há duas décadas e três anos, para alguns, sou ainda muito jovem, para outros, uma adulta formada. Para mim mesma, uma perdia entre isso aí.

Meus objetivos giram em torno de estabilidade e não mais: ir para um show da banda que gosto, fazer uma viagem com as amigas, tomar um porre, conhecer um amor, viajar com ele, me formar, comprar e ler vários livros, assistir filmes com bastante frequência, ir pra academia, tocar violão, fazer teatro, dança, pintar e desenhar, ganhar dinheiro para comprar coisas que alimentam vaidade (ir à manicure, comprar roupas novas, bijuterias, etc) e pagar meus lanches e saidinhas. Isso já passou, pelo menos, não é mais o foco. Já fiz tudo isso aí e algumas coisas ainda gosto de fazer vez ou outra. Mas essa simplicidade não é mais a regra!

Meus interesses são outros já faz um tempo, eu gosto de ir ver móveis nas lojas, adornos pra casa, ler Dicas da Suely, Tríade do Tempo, Como se organizar em 1 minuto, Morando Sozinha, Dinheiro o segredo de quem tem, Virada financeira... Fazer tabelas de orçamento, comprar utensílios pra cozinha, imaginar como posso arrumar e decorar tudo da melhor forma! Trabalho pra pagar as minhas contas (plano de saúde, despesas com a casa, curso, dentista... Algumas roupas, coisas parceladas, etc). Móveis planejados (projetados por mim) na cozinha é um dos sonhos de consumo e por aí vai. Minha profissão influência muito, eu sei, como Designer, tenho a tendência a querer tudo isso, mas não é só isso, são as responsabilidades, a independência e os gostos que vão mudando, aliás os objetivos. Aprecio a seção de utensílios domésticos e decorativos como uma criança numa seção de brinquedos. O meu mundo Disney é na verdade uma Leroy Merlin.

Já faz alguns anos que eu pensava que ao chegar na idade que hoje estou, já estaria academicamente formada, com um bom emprego (empresa ou o meu próprio escritório), casada, morando no meu apartamento com móveis planejados; um jardim em casa, ou algumas plantas na varanda e um cachorro; um carro financiado (pelo menos); comprando tudo que preciso e alimentando a minha vaidade; viajando bastante, e me organizando para iniciar outro curso. Mas como estou: (?) Fiz um curso técnico e um tecnólogo (me graduei), faço especialização na minha área de design de interiores, não tenho escritório, nem emprego fixo, trabalho (ministro aulas - minicursos, e faço projetos de ambientação e edificações) mas com frequências variáveis; moro junto com meu namorado e a família dele; num apartamento alugado (lindinho, devo confessar; e já tem móveis projetados na cozinha); os móveis do nosso quarto são ótimos e compramos exatamente o que queríamos (amém), tenho uma bicicleta que minha avó me deu quando ainda adolescente, a única planta na varanda é uma suculenta barata e eu não tenho muita previsão de quase nada para além disso.

E a estabilidade onde está? Vejo de longe e quando vejo. O caso é sério.

Hoje eu continuo querendo tudo aquilo que eu achava que já teria; e além disso ao escrever sobre o que não é mais objetivo, vejo o quanto fui feliz antes de adultecer, o quão chato (no mínimo) é as cobranças de nós mesmo, da família e do tempo para que conquistemos coisas, para nos posicionarmos, para sobrevivermos! Quão difícil tudo isso é (conquistar e lidar com a falta de quando ainda não conquistou). Os meus pais na minha idade já tinham tudo isso e até filho sem nem precisar se graduar! A realidade era outra e como era...

Nossa geração está repleta de informações, formações, variedades, rapidez, futilidades, superficialidades nas relações, tentativas de organização, instabilidades, desesperos, impulsos e ansiedades. Uma geração do Agora, tentando fazer uma base para o depois, suando perdidos, em nossos próprios objetivos, sempre em busca de algo que custa muito a chegar e quando chega, vem a luta para manter. 

Hoje não se pode viver mais sem a tal meta, tabelas, missões, cálculos diários, comidas feitas e ingeridas rápidas, cursos, gerenciamento de tempo, agenda, internet, celular e outras tecnologias. Mais do que qualquer outro período, as informações e vida são atualizados em pouco tempo. Sim, é uma loucura, é árduo e doloroso adultecer. As vantagens estão na independência de ir e vir, mas receio que essa esteja disfarçada diante de tantas obrigações.

Uma luta diária e interna a cada santo dia é praticamente estabelecida e o que não está programado minuciosamente é perdido. O que ainda nos salva é a simplicidade das imprevisíveis belezas do dia, dos lugares, das músicas, dos encontros amigáveis, dos sorrisos e fé que Deus nos dá. 

(Ainda bem que sabemos que Deus existe e nos presenteia tanto com simplicidades!)

quarta-feira, 24 de maio de 2017

domingo, 21 de maio de 2017

Solidão... que nada!



Já vivi isso com a mesma pessoa que ainda estou. Posso afirmar que o meu era bom! Como assim? "E essa vontade de estar junto e não poder? A falta do cheiro...Do toque... Eu sou feito de carne, de pele... " Ah! Como isso era compensado ao se ver! Era uma dor gostosa que trazia bons e lindos escritos, repentinos ou uma dedicatória pelo dia, que trazia sonhos, desejos fortes e criatividade para arranjar tempo, lugares, dinheiro ou qualquer coisa que fosse preciso para se ver.

Durantes os dias da semana, a liberdade de ser quem você já era antes de entrar na caixa do namoro onde algumas atitudes podem ser julgadas; o alimento e ânsia de se ver e fazer toda uma preparação para quando sabe que o tal Amor vai chegar.

Sim é bom... Receber sem roteiros uma conversa prévia ou coisa parecida, um beijo mesmo que seja por mensagem. Ouvir aquela música e cantar sentida, lembrando, mandar pra o outro e alimentar essa loucura. Idealizamos um bocado e vivemos um romance como início de namoro por mais tempo.
Você aprende a por limites mesmo sem o outro estar, a respeitar sem estar na presença; você descobre também as suas fraquezas e limitações, ou do seu relacionamento, você exercita dialogar (porque o que se tem naquele momento são palavras); você descobre mais do intelecto e coração do outro; dentre outras tantas coisas.

Quando o relacionamento não se acaba por isso, fortalece para que quando haja o encontro, a frequência, o convívio, se valorize mais. Mas isso depois de um tempo pode ir se dissipando... Então, vale lembrar e alimentar com outras coisas também.

Por outro lado, o relacionamento pode acabar, quando você começa a conviver e ver que a realidade sem saudades perdeu as suas umidades que tanto gostava e que tantos outros aspectos não pesavam; há um choque de realidades. E aí você pondera, pensa e equilibra pra encontrar o que realmente o companheiro é e o que você quer. 

Mesmo que seja com a mesma pessoa, percebi que foram relacionamentos diferentes. A distância, a frequente presença e depois disso, para ser distante novamente... Como é difícil! Sim é o mais difícil! Porque você já teve ali e agora não mais! Mas se o sentimento for grande mesmo... Volta: "uma dor gostosa que trazia bons e lindos escritos, repentinos ou uma dedicatória pelo dia..."

P.S: E as discussões e brigas por carência, desejos, costumes e inseguranças voltam também. Porque nem só de amor é feito o homem, mas de complicações também. 

sábado, 20 de maio de 2017

A vida é zueira

Vamos seguindo, lendo, estudando, conversando, listando, organizando, unindo fatos, observando, convivendo... E temos idéias, suposições e até tiramos a tal conclusão. Mas aí vem alguém que faz a sua teoria se inverter na prática (minha nossa, virou um troço! /Quem não conhece que compre / Você está fora dos meus padrões, vem cá que meu coração gostou de você...) , descobrimos os detalhes daquilo que já estava organizado e nisso você constata que não sabe no fim das contas de quase nada (progressões de signos é sério isso produção?)! 

"Eu não faço isso!" "Segredo nosso... Eu nunca fiz isso antes, mas agora..." 
"Bom dia!" "Não, pera..." 
"Cara chato!" "Amo você..."
"Se fosse eu faria assim:..." Sendo eu: "Eita porra! E agora?" 
"Tudo caminhando nos conformes..." Notebook durante 1h: "Atualizando... 5%" 
"Vamos?" "Acho que não estou no clima..." "Puts!! Foi ótimo!"
"Precisa - se de planejamento, foco." Ok, fala isso pra o meu lindo coração, fala isso para os meus desejos que estão lá no tal do id; diz isso para os hormônios; para fluidez, para o natural, para as conspirações e energias... convence vai!

Não temos o controle de tudo, mutáveis somos nós e nossas formas. Eu até tentei, me colocar em caixinhas astrológicas pra começar a me entender e consegui um tanto, os nortes; mas não se fecha e não define alguém, somos além e mais que palavras; somos progressivos (sejamos, não é?).

Quando achamos que sabemos algo se olharmos cada vez mais próximo, abre-se mundos diversos e infinitamente mais profundos. A cada assunto, um novo universo. Tem dias que vamos sozinhos e há aqueles maravilhosos que levamos alguns curiosos como nós e então as conversas são verdadeiras viagens.

Tenho umas amigas viajadas, viajantes... Num passeio hoje veio uma conclusão ótima e esclarecedora: "A vida é zueira e nós somos pokemons". Kkkk Mas é sério.

P.s e obs: Não fumamos nada. Foi uma conclusão, uma pausa, mas as viagens continuam. 😜


Conselho/ Música



"Convoque seu buda porque o clima tá tenso.''

terça-feira, 16 de maio de 2017

Um dia de peso - Que futuro!? - Solitude

Eu vim aqui para confessar, admitir a mim mesma que estou triste e colocar isso em palavras porque talvez me ajude agora, ou depois. Eu deveria ter escrito ontem, mas estava tão...tão, que eu precisei desabafar com uma amiga e com a minha mãe algumas coisas, precisava ouvir outras pessoas. Ontem não adiantava só expor e articular sozinha, ontem eu não estava "dando" conta. 

Ao final do dia chorei... Fiquei triste, com raiva, desapontada, cansada e confusa. "Recebi" um pacote de peso ao longo desse dia, sutilmente fui absorvendo visões, palavras e desejos e pra fechar o pacote, uma conversa sobre o que eu não queria falar: a minha situação e a do meu "par" que implica em tantas outras coisas. Eu já estava suficientemente emudecida e alguém me pedir força de alguma forma por a vida está com quase tudo sem graça e uma merda (a minha também! olha só! A sua vida em merda me afeta também, que coisa neh?), e depois de eu tirar forças não sei de onde, ainda me julgar, se irritar e desconsiderar o que falei? E outra pessoa dizer que esperou uma palavra minha... Por que não entendem que eu também tenho fardos ou não quero falar nada!? Não podem supor? 

...

Ontem foi dia das mães e no decorrer do dia apareceram e tiveram situações que me despertaram para sentir tristeza [nada com minha mãe, ela estava maravilhosa e eu grata a ela por tudo que faz por mim; eu tenho uma mãezona] vindo de uma pessoa ou de outra, foram tratados ou demostrados e vistos assuntos como: Casa, família, divórcio, casamento, filhos, futuro, desemprego, arrependimentos, amor, esforços, tudo bagunçado praticamente. Conversei com tantas pessoas, conheci pessoas, descobri que meu fígado e corpo é bem resistente ao álcool e que tenho um equilíbrio psicológico melhor do que eu pensava; vi um por do sol lindo (tive uma vontade imensa de não estar no calçadão, mas pisando naquela areia fresca com o mar encontrando meus pés, uma vontade de só olhar pra ele e de estar sozinha) estive com familiares, visitei casas onde se respira lembranças de relacionamentos que as pessoas se esforçaram tanto para comprar seus bens e para que juntos dessem certo... Namoros longos, de casamentos curtos; "discuti" com meu namorado e ele fez disso uma briga (sozinho); desabafei com uma amiga, me aliviei um tanto e falei das minhas revoltas de forma "engraçada" com mãe, porque ela me desarma com seu humor vez ou outra.    

"Passado e presente. A gente fica entre esse fluxo. O futuro que queremos não está sendo compatível a realidade de hoje e então, voltamos a ficar nesse fluxo de consequências e esforços, dentre tantas coisas e o futuro vai chegando e não fizemos nada além de "passar" pelo presente. Não se planeja o futuro direito (aliás, nada!) diante de tantas preocupações em resolver o agora ou os próximos dois meses." Cansada disso, eu não admito continuar com isso.

Ah... Como estou sentindo falta de organização! De nomenclaturas, de bons resultados, de seguimentos bons, de dizer sequencialmente que está dando certo várias coisas, que finalmente consegui, que estou tranquila de fato, que amo sem receios, entre tantas outras coisas positivas pra mim e pra os outros ao meu redor. (Lua em Capricórnio, Saturno... Não justifica o tamanho do que sinto! Chama-se: Realidade e inconformidade de não ser independente e feliz. Pode ser?)

Se eu pudesse eu faria um "retiro" e não levaria ninguém! Sim, como está escrito: ninguém absolutamente! E só voltaria depois de me encontrar, porque há um grande prazer nisso: Eu comigo mesma, Deus e a natureza somente.  

Pensando bem, escrevendo aqui, observei que eu não fiquei literalmente sozinha e introspectiva como precisava para me recompor, eu fui atrapalhada o dia inteiro por pessoas que queriam de alguma forma minha atenção! Indo, vindo, ouvindo, falando, estando, pedindo...! E hoje novamente!

(Pausa - para o que acabei de constatar e para descanso) 

P.S: O texto vai terminar aqui mesmo, porque encerrou a vontade de escrever por hoje. Depois eu volto. 

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Volta-se à casa anterior



Depois de tanto tempo, casaram-se. Idealizaram algumas coisas e não compartilharam, tentaram viver cada um com suas razões, descobriram não falar uma linguagem harmônica e o que um possuía de defeito também havia no outro muitas vezes. Faltou paciência, mas há quem diga que foram alguns anos dela, tentando... Tentando ou achando que estava por que não deram o tal adeus? Bem... A seu modo, tentaram e ao não terem os resultados esperados, constataram a incompatibilidade tamanha e se separaram por atitudes, gestos, posturas, por toques e por decisão. Dentro de alguma horas (é só terminarem de organizar as coisas), fisicamente também em definitivo. 

Qual foi o grande acontecimento impulsionador para terminar? Não teve "o", foram vários, corrosivos e constantes, acabando com todo brilho de amor. Era amor? Talvez um dia foi, mas agora já não mais.

Sem tantas lágrimas, afinal,  já foram derramadas muitas antes, já foi conversado e dito uma série de coisa que os ouvidos se bem soubessem nunca teriam sido colocados à postos. E a culpa desse término é de quem? Dos gritos, das impaciências, dos orgulhos, dos desleixos, das imposições, das infantilidades, da falta de conhecimento, dos exageros, das faltas... Do cotidiano mal alinhado com os desejos do coração. É o que sei, ao meu ver, das causas gerais.

É lamentável, sim e triste; mas racionalmente, pode-se dizer já que uma hora iria acontecer: antes agora do que daqui a vinte anos. A prioridade está em ser feliz, então sejam! Cada um, pelo seu caminho que agora já não é mais o mesmo. Surge então uma nova oportunidade, aliás, novas! De se refazerem... Se fazerem melhor. De escolherem melhor, de se organizarem mais e de ser novamente livres e buscar vias de satisfação, como assim já queriam. Uma hora a ordem volta, a calmaria no peito e o sorriso largo no rosto, porque são mutáveis, demais! São vivazes e joviais, um novo começo (apesar do contexto de que ninguém quer que venha acontecer) será bem vindo!

Mas há marcas, talvez o que de mais bonito havia nos sonhos intrínsecos e amorosos de vocês foram/ estão desajustados, "calejados", acreditam que, em muitos outros (ou em todos eles) já não podem mais confiar (não tanto) seus investimentos (emocionais, psicológicos; de vida) . Porém eu vos digo, que o amor não acaba no peito de quem o quer, ele só é redirecionado a outra, ou outras pessoas conforme achamos merecidos. Não será fácil, mas pode ser, alegremente, possível ele ainda pulsar em vocês (para outros) algum dia.

Quando vocês estavam se casando eu chorei bastante, pedindo a Deus para que a união de vocês desse certo mesmo, que vocês pudessem entender e saber lidar com as diferenças um do outro; que houvesse muito amor e paciência; que fosse felizes; e que Ele tivesse misericórdia por algum motivo e que ajudassem vocês a cumprir o que ali estava sendo dito e posto; que abençoasse vocês. Hoje, não chorei, fiquei algumas várias horas do dia, tristemente emudecida, só com algo transcorrendo no peito; pensando o que poderia ou não pensar disso. Hoje, pedirei por vocês novamente, que Deus possa guia-los, abençoa-los... Que possam ser felizes de verdade; e que o coração de vocês esteja alinhados nos desejos e falta deles em relação ao outro, para que dessa vez tenham tomado a decisão certa e vivam bem com esta e suas novas oportunidades. 

Que a liberdade traga bons frutos, que as palavras sejam bem ditas, que quando houver silêncio seja bem posto, que o amor dentro do peito de cada um seja renovado para os próximos relacionamentos que virão, que a fé seja intensificada, que as forças sejam dadas por Deus, que as lágrimas sejam poucas e a aprendizagem seja muita; que o respeito permaneça, que Deus esteja com vocês e que os sorrisos voltem a ser cheios de alegrias e mais constantes sem demora.
Que o melhor seja feito com a bênção de Deus pra vocês, é o que desejo de todo coração.

P.S:
Paciência... Os pais já foram comunicados, a decisão firmada e então, volta-se para casa anterior porque a seguinte não deu certo. Mas haverá mais rodadas, agora é  lançar seus dados novamente e em ganhos e perdas, entre irá e ansiedade, lembrar sempre: um passo de cada vez; gratidão e muita paciência.  

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Trevo (Tu) Anavitória

Apaixonada. Quando a música te embala, persiste no pensamento e você começa a namorá-la.



Tu, é trevo de quatro folhas
É manhã de domingo à toa
Conversa rara e boa
Pedaço de sonho que faz meu querer acordar
Pra vida

Ai, ai, ai

Tu, que tem esse abraço casa
Se decidir bater asa
Me leva contigo pra passear
Eu juro afeto e paz não vão te faltar

Ai, ai, ai

Ah, eu só quero o leve da vida pra te levar
E o tempo para, ah
É a sorte de levar a hora pra passear
Pra cá e pra lá, pra lá e pra cá
Quando aqui tu tá

É trevo de quatro folhas
É trevo de quatro folhas é

O essencial


quarta-feira, 3 de maio de 2017

Quando as estrelas se alinharam



Nós, durante anos, convivíamos todos dias, éramos de grupos diferentes algumas épocas, depois de um mesmo grupo ou grande grupo. Éramos como uma família (sim estou falando de tempos de escola daquelas do interior que a gente acompanha a vida do outro, ver crescer ali, junto e do lado). As brincadeiras, as formas de nos expressarmos, os primeiros rolés, o riso frouxo, o assunto que era de três e vira de vinte, trinta; as músicas, os fones, os estudos, os sonhos, as dúvidas, as suspeitas, os segredos, as revelações, os lanches, os poucos e os muitos;  os cabelos, as formas de nos vestirmos, as dificuldades, os encontros, na casa de quem, a primeira vez que (qualquer coisa)...; o rosto cansado pela manhã, o sono, o frio, o calor, o silêncio e o assombro... Mudando, se misturando, se transformando com os anos... e nosso pré, o choro diante do que não seríamos mais, o "nós" como sempre, desde um tempo de infância até a nossa adolescência, fomos. 

"Cadê os contatos? Mora em outro lugar, o telefone mudou, a rotina, o trabalho, falar de quê? Eu ainda não cheguei onde queria e tanto falava; e eu mudei tanto; ah eu não mudei nada'... Músicas? Marcar um encontro, tah... Mas é pra que? Pra se ver e falar sem roteiro. Ok... E se for chato? E se a gente descobrir que não vamos bem? Melhor ver pelo face e instagram as novidades. Ela tah bonita. Ela vai se formar... Como ela mudou... Ela se formou! Que linda. Ainda namora ele. Voltou a namorar com ele!... Cadê o cachorro dela? Opa... Onde tah morando? Com quem... Será que ela tah bem?" 
E então nos encontramos. Colocamos os papos em dia e sabe o que descobrimos? Balela! É a mesma coisa em outras formas, somente. Sim! A gente flui queridas! Ótimo. 
... Mais tempo... sumimos! Esbarramos no ônibus e aí: a mesma coisa, boa de sempre! Em nossa amigável comunicação. E assim aconteceu durante vários momentos; algum dia que marcava dava certo com algumas, outras vezes coincidência, etc. Até que uma ideia: E se rolasse como nos velhos tempos que tudo era desculpa para nos encontrarmos e se divertir, rolasse um aniversário surpresa? Dois coelhos numa cajadada só! Perfeito! Comemorar o niver da amiga (que agora retomamos o contato e estamos muito mais amigas porque resolvemos rasgar nossos pensamentos e corações uma pra outra porque os ouvidos, conselhos e risadas são muito bons!) e reencontrar as outras! Uma desculpa :) feita e perfeita!

Tcha! Descobrimos algo... Queridas... Na organização no meio de bexigas pra encher, carne pra cozinhar e papos durante a festa dar certo, algo grita em comum!! Signos...Oi?  Mapas... calma aê... Isso não é assunto para um dia! É para dias... Um grupo no whats já! E lá vai. Não foram dias, estamos pra lá de semanas, já fazem meses e esse assunto nos ligou novamente. Voltamos a estudar juntas, quem diria? Uma fisioterapeuta, uma enfermeira, uma psicóloga e uma designer de interiores achar algo tão comum em ser incomum! Queremos nos entender mais... Sem preconceitos, recorrer aos astros também, por que não? Aprender, conhecer, ver como lidar e até rir do que descobrimos de nós mesmas ou de outros! 

Eu tenho o signo delas em mim. Em ascende e lua, será que não diálogo bem nesse meio aí? Hahaha
Sensíveis, imaginativas, inteligentes, questionadoras, justiceiras, profundas... Sinceras, engraçadas, desastradas, chatas, carinhosas, comunicativas e atenciosas. Nós conseguimos ir além. Quando vamos ver, já estamos longe, para além dos astros e quem não acompanha? Só se chegar um tanto depois. Mas é só fazer uma leitura dinâmica nas 300 mensagens e já se encontra, opina, dialogá, indaga, dar força, ou mesmo aconselha a parar com os exageros e rimos, nos divertimos, nos lamentamos e nos consolamos.

Sim temos uma linguagem própria, um dialeto astral que só "nós"entendemos. As estrelas aqui se alinharam entre curiosidades e estudos, astros, signos e amizades. Descobrimos na astrologia apenas um meio, para falarmos do que realmente nos importa: As pessoas. Porque todas pessoalmente ou profissionalmente quer saber: Quais são suas características, suas dores, seus desejos, as idéias que pulsam mais, o que quer transmitir, o que fazer para viver melhor? Tudo isso em relação a si e ao outro. Enfim, em fim... 

Amigas, astrólogas, lindas, curiosas e humanitárias. 

P.s: Grata por ter a amizade de vocês, amigas! "Ao infinito e além!"
 😆💖💖💖