Depois de tanto tempo, casaram-se. Idealizaram algumas coisas e não compartilharam, tentaram viver cada um com suas razões, descobriram não falar uma linguagem harmônica e o que um possuía de defeito também havia no outro muitas vezes. Faltou paciência, mas há quem diga que foram alguns anos dela, tentando... Tentando ou achando que estava por que não deram o tal adeus? Bem... A seu modo, tentaram e ao não terem os resultados esperados, constataram a incompatibilidade tamanha e se separaram por atitudes, gestos, posturas, por toques e por decisão. Dentro de alguma horas (é só terminarem de organizar as coisas), fisicamente também em definitivo.
Qual foi o grande acontecimento impulsionador para terminar? Não teve "o", foram vários, corrosivos e constantes, acabando com todo brilho de amor. Era amor? Talvez um dia foi, mas agora já não mais.
Sem tantas lágrimas, afinal, já foram derramadas muitas antes, já foi conversado e dito uma série de coisa que os ouvidos se bem soubessem nunca teriam sido colocados à postos. E a culpa desse término é de quem? Dos gritos, das impaciências, dos orgulhos, dos desleixos, das imposições, das infantilidades, da falta de conhecimento, dos exageros, das faltas... Do cotidiano mal alinhado com os desejos do coração. É o que sei, ao meu ver, das causas gerais.
É lamentável, sim e triste; mas racionalmente, pode-se dizer já que uma hora iria acontecer: antes agora do que daqui a vinte anos. A prioridade está em ser feliz, então sejam! Cada um, pelo seu caminho que agora já não é mais o mesmo. Surge então uma nova oportunidade, aliás, novas! De se refazerem... Se fazerem melhor. De escolherem melhor, de se organizarem mais e de ser novamente livres e buscar vias de satisfação, como assim já queriam. Uma hora a ordem volta, a calmaria no peito e o sorriso largo no rosto, porque são mutáveis, demais! São vivazes e joviais, um novo começo (apesar do contexto de que ninguém quer que venha acontecer) será bem vindo!
Mas há marcas, talvez o que de mais bonito havia nos sonhos intrínsecos e amorosos de vocês foram/ estão desajustados, "calejados", acreditam que, em muitos outros (ou em todos eles) já não podem mais confiar (não tanto) seus investimentos (emocionais, psicológicos; de vida) . Porém eu vos digo, que o amor não acaba no peito de quem o quer, ele só é redirecionado a outra, ou outras pessoas conforme achamos merecidos. Não será fácil, mas pode ser, alegremente, possível ele ainda pulsar em vocês (para outros) algum dia.
Quando vocês estavam se casando eu chorei bastante, pedindo a Deus para que a união de vocês desse certo mesmo, que vocês pudessem entender e saber lidar com as diferenças um do outro; que houvesse muito amor e paciência; que fosse felizes; e que Ele tivesse misericórdia por algum motivo e que ajudassem vocês a cumprir o que ali estava sendo dito e posto; que abençoasse vocês. Hoje, não chorei, fiquei algumas várias horas do dia, tristemente emudecida, só com algo transcorrendo no peito; pensando o que poderia ou não pensar disso. Hoje, pedirei por vocês novamente, que Deus possa guia-los, abençoa-los... Que possam ser felizes de verdade; e que o coração de vocês esteja alinhados nos desejos e falta deles em relação ao outro, para que dessa vez tenham tomado a decisão certa e vivam bem com esta e suas novas oportunidades.
Que a liberdade traga bons frutos, que as palavras sejam bem ditas, que quando houver silêncio seja bem posto, que o amor dentro do peito de cada um seja renovado para os próximos relacionamentos que virão, que a fé seja intensificada, que as forças sejam dadas por Deus, que as lágrimas sejam poucas e a aprendizagem seja muita; que o respeito permaneça, que Deus esteja com vocês e que os sorrisos voltem a ser cheios de alegrias e mais constantes sem demora.
Que o melhor seja feito com a bênção de Deus pra vocês, é o que desejo de todo coração.
P.S:
Paciência... Os pais já foram comunicados, a decisão firmada e então, volta-se para casa anterior porque a seguinte não deu certo. Mas haverá mais rodadas, agora é lançar seus dados novamente e em ganhos e perdas, entre irá e ansiedade, lembrar sempre: um passo de cada vez; gratidão e muita paciência.
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